Salsicharia Luísa
Bancas: 159-160
A história da família da D. Luísa no Bolhão começa com a sua avó Laura. Ainda muito nova, a D. Laura vinha de Avintes até ao Porto de boleia no camião que trazia as padeiras, que vinham vender broas da terra nos mercados da cidade. O dia a dia da avó da D. Luísa era muito preenchido: ia ao matadouro comprar tripas, arranjava-as e depois vendi-as cruas e prontas para serem enfarinhadas pelas senhoras do Mercado; já o sangue cozia-o em casa para depois também o vender nas várias bancas do mercado.
A D. Luísa tinha somente 9 anos quando começou a vir com a sua avó para o Bolhão. Apesar de ser uma menina, entregava recados e recolhia pedidos que, depois, transmitia à sua avó. Desses tempos, a D. Luísa lembra-se de como gostava de ajudar a sua avó e de como ficava satisfeita quando recebia um queijinho ou uns docinhos por ela oferecidos. Mas a história da D. Luísa no Mercado continuou: aos 10 anos foi contratada para ser funcionária de uma senhora, também de Avintes, que tinha uma banca de carnes. No seu novo trabalho, a primeira tarefa que se lembra de ter desempenhado foi a de partir ossos com um machado. 18 anos passaram desde então até que a D. Luísa, já com quase 30 anos de idade, dá um novo passo na sua vida profissional e começa a trabalhar por sua conta, a explorar uma banca que estava disponível para cedência e que está aberta até hoje, com o seu nome.
Aos 63 anos e com uma vida longa de trabalho duro, a D. Luísa pensa em reformar-se e aproveitar o seu merecido descanso.
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