A intervenção no Mercado do Bolhão está, novamente, debaixo dos holofotes. O projeto é um dos finalistas na quarta edição do European Award for Architectural Heritage Intervention, iniciativa que procura “distinguir intervenções de qualidade em todas as vertentes do património edificado e contribuir para a sua divulgação”.
A organização sublinha como "a proteção do edifício como 'monumento de interesse público' reconhece o valor patrimonial do Mercado do Bolhão em duas dimensões inseparáveis: a singularidade artística do edificado e a sua função enquanto mercado tradicional".
O júri selecionou o projeto de Nuno Valentim porque “esta ação transformadora, atenta ao património existente, pretende potenciar a identidade e coerência do edifício, eliminando elementos espúrios e gerindo novas infraestruturas sem perder os seus valores mais importantes - os vendedores, os utilizadores e a atividade do mercado de produtos frescos".
O Mercado do Bolhão concorre na categoria "Built Heritage", ao lado de outros 15 projetos, de Espanha, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Áustria e Portugal, selecionados pelos arquitetos Dikkie Scipio, Susana Valbuena e Kimmo Lintula, de um total de 174 candidatos.
O European Award for Architectural Heritage Intervention vai distinguir, também, o melhor projeto europeu na área de "Exterior Spaces".
Os vencedores do evento, organizado em parceria com a Associação de Arquitetos da Catalunha, serão conhecidos a 1 de junho, em Barcelona.
Recorde-se que o projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão já foi reconhecido noutras ocasiões, a mais recente no Salão Imobiliário de Portugal, mas também os Prémios Construir 2022.
Atualmente, encontra-se nomeado ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2023, da Vida Imobiliária, ao Prémio FAD de Arquitetura e Interiorismo 2023 e ao EUPrize (AADIPA), ambos em Barcelona.